Ciúme humano

                O ciúme é um dos sentimentos mais inexplicáveis e incompreendidos dentre os homens, muitas explicações tem para este sentimento, mas todas essas explicações são em um todo muito vagas. É natural do ser humano sentir ciúmes, e isso fica mais claro quando falamos da pessoa amada, ele também pode agir como uma fonte motivadora para homem, mas em muitos casos a motivação é negativa, conduzindo-o a pensamentos nem sempre verdadeiros, criando um mundo fechado para si, onde o seu próprio Deus é ele mesmo.
                Em minha visão a primeira fase do ciúme é o medo, ter medo de perder aquilo que é, de certa forma, nosso, seja um relacionamento amoroso ou um relacionamento de amizade, um familiar, ou até mesmo um animal de estimação. É esse medo meio que irracional que pode se tornar um fonte motivadora, tanto para o bem quanto para o mal daquele que o sente, e fazendo uma ligação com o que Maslow nos mostra, essa motivação vai depender de como foi saciada a sua Necessidade de Segurança e a Necessidade de Estima, pois se uma dessas bases não estiverem bem firmes, principalmente a Necessidade de Segurança, é mais provável que a pessoa se sinta muito insegura no seu relacionamento.
                A insegurança conduzida por esse medo irracional sentido pela pessoa, leva-o a ficar meio depressivo, fazendo assim com que as outras necessidades da pirâmide de Maslow se degradem e se matem , fica inevitável nesse texto não lembrar o que Stendhal fala sobre a dor gerada pelo ciúme, “O que torna a dor do ciúme tão aguda é que a vaidade não pode ajudar-nos a suportá-la”, Stendhal foi bem certo nessa definição, pois a pessoa que esta insegura no seu relacionamento e com pouca estima sobre si, não tem suporte em sua vaidade para ajudá-lo, começa então a se achar menos do que vale e se destrói por dentro, em um silencio pois nesse caso, não vê a necessidade de incomodar o outro com algo que para ele próprio é uma coisa tola.
                O problema de não expressar o que se sente nesse momento é que ele não vai ir embora, sua mente então, em uma breve comparação, age como uma panela de pressão, a insegurança, o medo, a vaidade e o próprio egoísmo da pessoa, geram uma mistura que não vão se diminuindo, apenas aumentando, e quando chega-se ao limite, uma grande explosão de sentimentos, em muitas vezes sem voltas, acabam com o relacionamento, “chutar o balde”, é um modo de extravasar todo aquele sentimento que estava reprimido e aumentando até então.
                Continua...

Analise sobre o texto de Nietzsche...

Moral como contra natureza
Antes de começar o texto, peço a todos que lêem o texto 1 que se encontra no capitulo Moral como contra natureza(ou anti-natureza) no livro Crepúsculo dos Ídolos de Friedrich Nietzsche.
A palavra moral nos chama atenção por se tratar de uma palavra que vem do latim e significa "relativo aos costumes", tornando-se ao longo dos anos um conjunto de regras para o convívio.
Moral como contra natureza nos mostra a moral de uma sociedade que embora seja antiga prevalece até os dias atuais, seguimos um conjunto de regras, quase como sendo uma condenação para com os instintos naturais do homem.
Nietzsche buscava mostrar a os homens que a liberdade que a igreja pregava era na realidade uma condenação, que ela pregava secretamente, pois somente sendo o homem “livre” que ela poderia manipulá-lo, através do certo e do errado, sendo um do sentimento mais manipulado e condenado a aniquilação era a paixão. O homem só podia se apaixonar por quem a igreja assim deixava e em diversos casos elas de acordo com a sua moral, a aniquilava.
Ao analisar o sermão da montanha, temos uma extensa lição de conduta e moral, demonstrando um padrão de normas e orienta aqueles que querem ter uma “verdadeira” vida cristã, porem, temos ai um paradoxo, pois “Deus não vê como o homem vê, o homem vê a aparência, mas Deus sonda o coração" (I Samuel 16.7).”, ainda sobre a citação da sexualidade, temos as passagens de Mateus 5.29-30, 18.8-9 e Marcos 9.43-47, onde se refere a uma contradição, para que teremos que nos mutilar sendo que em várias partes da bíblia vemos o “perdão” como um meio de salvação, não seria mais agradável pedirmos perdão, vendo que o desejo vem da nossa mente e pode nunca parar.
Indo por esse pressuposto Nietzsche enfatizava que a igreja não conseguiria em nenhum momento ensinar como e porque amar, ele colocava a natureza do homem com algo que deveria ser colocado como prioridade, principalmente no amor, pois nenhuma moral conseguiria definir valores para o amor sendo ainda que a natureza do homem é amar, se apaixonar com total liberdade, porém a igreja sanciona toda essa natureza, se tornando muito mais do que uma doutrinadora como também uma grande inimiga do homem.

A busca pela identidade.

Quem é você? Você é quem você gostaria de ser, ou é aquilo que outras pessoas impuseram a você? Hoje a sociedade nos leva a ter varias vidas em torno de nós mesmos, fazendo com que tenhamos várias identidades dentro de nos, tendo que buscar uma identidade para cada tipo de situação e se por ventura tentarmos ser diferentes daquela figura pré moldada da sociedade, acabamos se tornando os loucos, rebeldes e “idiotas” dos dias de hoje.
Muito antes de nascermos, já existem diversos planos para quem seremos e como seremos, uma ideologia construída pelos nossos pais, que geralmente já fazem planos para o bebê ainda que dentro do ventre de sua mãe, fazem planos para o caso de ser meninos, “Meu filho vai ser advogado, médico, engenheiro, jogador de futebol...”, fazem planos para as meninas “Minha filha vai se médica, advogada, fisioterapeuta...”, construindo assim uma identidade imaginário para alguém que não tem o poder de se manifestar e poder dizer o que quer e muito menos como quer.
Na medida em que vamos crescendo, sempre escutamos nossos pais dizerem o que eles querem que a gente seja, construindo assim sua 1ª identidade para as crianças depois do seu nascimento, sendo que a criança sem poder reclamar ou protestar contra o pai ou a mãe adere a esse “Eu” em sua vida, porém na medida em que vai crescendo e se socializando, ela vai expandindo o seu conhecimento, saindo assim de uma visão fechada que seus pais a colocaram para uma visão mais geral do mundo, muitas vezes ela acaba sendo influenciada quando em contato com outras crianças na escola, criando assim a sua 2º identidade depois do nascimento, levando-a por uma boa parte da vida escolar, porque é essa identidade que ele mostra para todos os amigos, sendo que perto de seus pais ela sempre toma uma postura diferente da que tem com seus amigos.
O fato é que na transição de criança para a adolescente, este então tende buscar outra forma para se comportar, vendo que os seus modos de comportamentos não serão mais aceitos, ele então tem que buscar outra maneira para se comportar, criando uma nova identidade onde substituirá a 2ª, pois qualquer ato e escolha que se faça com base nessa experiência, o adolescente será taxado como imaturo ou criança.
Os adolescentes estão inundo de varias influências, tanto na escola, tanto entre os amigos fora da escola, mídia e etc. ele faz uma busca de como ter um “eu” próprio, dentre todas as informações e influências recebidas, nessa fase de experimentação, muitos se perdem nesse caminho, indo para a perdição.
O mesmo processo se dá na transição para a fase adulta, agora com mais intensidade, porque além de ter que mudar o seu comportamento, agora então serão tratados como um exemplo a ser seguido e observados pelos mais novos, onde toda a sua vida passada, será refletida e então repercutida para que então saber se será um exemplo a ser seguido ou um exemplo a ser ignorado e taxado como ruim.

O Daimon Eros



   O nome Daimon tem diversos significados dependendo apenas do contexto histórico e da mitologia grega,  do latim Daemon, e no português como Daimon.
              O primeiro atributo era dos Deuses Inferiores da Mitologia grega, onde se colocava que os Daimoes(espíritos) eram mensageiros dos Deuses para com os homens, progressivamente este foi tomando várias formas, até chegar ao significado de Sócrates, que era um: gênio ou inteligência invisível que teria a função de mediar às relações do homem perante o divino.
          Platão dizia no Banquete, que o Daimon era um auxiliar do homem sendo o intermediário, estabelecendo assim um vinculo profundo com Deus.
   A outra parte vem com o Eros (amor), abordado como um espírito -um dos Daimones- traçado como sendo o belo e a pureza, e somente com amor o homem então poderia se tornar um ser divino.
  Se lermos em separados, os significados não nos farão sentido, então só os juntando para poder compreender assim em sua totalidade, no banquete, Sócrates -um dos personagens do livro- afirmava que Eros era um Daimon, sendo assim um intermediário, do belo e do feio, do justo e do injusto, da sabedoria e da ignorância, etc.
  Assumindo-se assim um papel de busca e aperfeiçoamento, sendo que homem tendo dentro de si o Daimon Eros deve estar sempre na busca do belo, na busca da sabedoria, estando em uma busca constante da verdade, para que assim um dia possa este se tornar um ser que transcendente a natureza humana, encontrando o Belo Supremo, que seria a Beleza Verdadeira, que em outras palavras podemos falar que: Daimon Eros é a busca constante da sabedoria, sendo assim como um verdadeiro filósofo, um verdadeiro amante do saber.
 

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